Para a secretária Nádia Gerhard, da SMDSE, a inserção no mercado de trabalho assegura a independência da população trans. “O trabalho é a melhor ferramenta social para a dignidade do cidadão. Não é diferente para a população trans. Com trabalho todos adquirem autoconfiança e autonomia, por isso a opção pelo dia no Sine”, destaca.

O coordenador da Unidade de Direitos de Diversidade Sexual e de Gênero de Porto Alegre, Daniel Boeira, justifica a necessidade de ações como a programada. “Os  trans são pessoas que ainda possuem grande dificuldade de acesso às politicais sociais básicas, em especial no acesso ao mercado de trabalho, em função de que, em sua grande maioria, esta população tem pouca qualificação, pois abandonam a escola pela discriminação e preconceito sofridos, alguns não chegando a concluir sequer o ensino fundamental”, ressalta.

O Dia de Visibilidade Trans é executado pela Unidade de Direitos de Diversidade Sexual e de Gênero de Porto Alegre, em parceria com a Coordenadoria-Geral de Trabalho, Emprego e Renda, a Secretaria Municipal de Educação e com o Sindicado dos Registradores do Rio Grande do Sul (Sindiregis).

O Dia Nacional da Visibilidade Trans foi criado em 2004 pelo Ministério da Saúde após a divulgação da campanha “Travesti e Respeito”, em reconhecimento à dignidade desta população.

Programação 29/01/19 – Dia Nacional da Visibilidade Trans
Local- Sine Municipal - av. Sepúlveda esquina com Mauá

Das 8h às 16h 
- encaminhamento à vagas de emprego; 
- inscrições para o EJA voltadas para a população LGBTQI+, 
- Parceria Sindiregis - encaminhamentos para emissão de 2ª via de Certidão de Nascimento gratuita e orientações sobre alteração de prenome e gênero nos documentos.

Das 10h às 11h  
- Palestra sobre empreendedorismo com Vinicius Mendes Lima, fundador do Instituto Besouro que  realiza cursos e fornece incubadora de negócios para a periferia.

Das 13h30 às 15h30
 - Palestra sobre Educação nas escolas, a visibilidade LGBTQI+ e suas vivências profissionais e pessoais na aceitação e respeito à diversidade sexual e de gênero. Palestrantes: professora Helena Soares Meirelles (Emef Alberto Pasqualini) e professor Ângelo Alexandre Marcelino Barbosa (Emef Saint’Hilaire).

Entenda as diferenças:

Gênero: Construção social e cultural ligada às características do órgão sexual biológico de uma pessoa – aquele que recebeu ao nascer.

Identidade de gênero: É o gênero com o qual a pessoa se identifica. Não é relativo ao outro, mas sobre como ela reconhece a si mesma, independente do órgão sexual biológico.

Transexual/transgênero: Quem não se identifica com o gênero que lhe foi atribuído ao nascer. Mulheres trans são aquelas que foram designadas como homens, mas se reconhecem como mulheres; homens trans foram designados mulheres ao nascer, mas se reconhecem como homens.

Cisgênero : Quem se identifica com gênero que lhe foi atribuído ao nascer. Por exemplo, uma mulher cis é aquela pessoa designada mulher e que se reconhece como uma.

Orientação sexual: É o sexo pelo qual a pessoa sente atração. Está diretamente relacionado à preferência em relação ao outro. Pode ser heterossexual, homossexual, bissexual etc.