Escolas são destaque em premiação de combate ao trabalho infantil

11/10/2019 09:35
Divulgação / PMPA
EDUCAÇÃO
Trabalhos incentivam alunos na conscientização sobre a exploração do adolescente

As escolas municipais de Ensino Fundamental Mario Quintana, no bairro Restinga, e Marcírio Goulart Loureiro, bairro Aparício Borges, foram agraciadas, nessa quinta-feira, 10, com a premiação da etapa estadual do concurso cultural MPT na Escola, promovido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), para auxiliar os municípios no combate ao trabalho infantil. A cerimônia ocorreu no auditório do Ministério Público estadual e reuniu alunos e educadores de 22 das 37 cidades gaúchas que inscreveram trabalhos. Cerca de 500 estudantes participaram desta terceira edição do prêmio, integrante do projeto Resgate à Infância e cujos temas foram “trabalho Infantil e “profissionalização do adolescente/aprendizagem profissional”.  

Pelo terceiro ano consecutivo, a Mario Quintana representará Porto Alegre na etapa nacional do concurso. A escola venceu na categoria curta-metragem para alunos do 6º e 7º anos, com o vídeo “Vida de Aprendiz”, produzido pelos alunos Barbara Krysti, Ellen Rodrigues Moraes, Kamilly Vitória Luna da Silva, Maicon Dutra Portela Júnior, Mara Raquel dos Santos de Oliveira e Thaise Emanuela da Fonseca Trindade. A peça mostrou que as vagas de aprendizagem reservadas pelas empresas aos adolescentes por meio da lei do Jovem Aprendiz podem ser uma opção para aqueles que precisam ajudar suas famílias sem abandonar a escolarização.

Também foi a primeira colocada na categoria desenho 6º e 7º anos, com a ilustração “Aprendizagem Profissional: uma chance para todos”, de Weslley Porcela da Silva, e ficou em segundo lugar na categoria conto, com o título “Acredite nos seus Sonhos”, escrito por Nicolas Rafael de Almeida Tavares. A Marcírio Goulart conquistou o segundo lugar na categoria desenho 4º e 5º anos, com o título “Trabalho Infantil é Crime”, da aluna Giovanna Gomes Paqualin.

As escolas que finalizaram em primeiro lugar participarão da etapa nacional do prêmio, marcada para dezembro, em Brasília, e receberam R$ 1,5 mil. As que ficaram em segundo ganharam R$ 1 mil e as classificadas em terceiro, R$ 500,00. Conforme o regulamento, os recursos deverão ser utilizados em projetos em benefício da própria escola. Os alunos receberam certificados e uma sacola com livro e os professores e coordenadores do projeto nas escolas, um vale-compras no valor de R$ 297,00.

A diretora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação (Smed), Maria Cláudia Bombassaro Callegari, acompanhou a cerimônia e ressaltou que a rede municipal de Porto Alegre, ao participar do concurso, está envolvida na conscientização para a erradicação do trabalho infantil e adolescente. “Nossos alunos obtiveram reconhecimento em todas as edições do prêmio, o que demonstra seu potencial e o quanto são competentes quando desafiados. Esse  trabalho mostra ainda o quanto os professores, quando engajados, podem fazer a diferença na aprendizagem.” 

Ao longo do primeiro semestre, outras 14 escolas da rede municipal de ensino participaram do Projeto Resgate à Infância, utilizando materiais pedagógicos disponibilizados pelo MPT. Na sala de aula, professores e alunos trabalharam e discutiram sobre a temática, produzindo peças pedagógicas que materializam os processos de ensino e aprendizagem. Confira os trabalhos aqui. 

Histórico - Em 2017, a Emef Mario Quintana conquistou o 1º lugar na categoria curta-metragem, com o filme “Quanto custa a Infância?”, e ficou em 2º lugar na categoria música, na etapa estadual. No ano passado, foi bicampeã na categoria curta-metragem, com a produção “Nossa Realidade”, e conquistou o 3º lugar na categoria desenho. Os curtas “Quanto custa a Infância?” (2017) e “Nossa Realidade” (2018) destacaram-se na etapa nacional do prêmio: o primeiro ficou em 6º lugar e o segundo, em 3º.

Coordinfância - Os trabalhos premiados na etapa estadual foram avaliados pela Comissão Julgadora Regional do MPT-RS, por meio das regionais da Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Coordinfância), área do MPT que trata especificamente da erradicação do trabalho infantil e da regularização do trabalhador adolescente. Segundo a Coordinfância, não é permitido trabalhar antes de 16 anos. A partir de 14, porém, é possível por meio da Lei do Aprendiz. Entre 16 e 18 anos, pode-se trabalhar de forma protegida, que não seja em ambiente perigoso, insalubre ou noturno.

  

 

Cristina Lac

Andrea Brasil

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