Luciano Lanes/PMPA

A obra de estabilização da fachada da Casa Azul, localizada na rua Riachuelo esquina com Marechal Floriano, no Centro Histórico, já está com mais de 40% de execução. O secretário municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Smim), Marcelo Gazen, acompanhou os serviços na manhã desta quinta-feira, 5. Após a conclusão das fundações, alicerces que recebem as cargas da edificação, nesta semana iniciou a instalação das estruturas metálicas que sustentarão a parte frontal do prédio histórico. 

 

A obra estrutural, que começou em 25 de abril, é de responsabilidade da empresa Arquium Construções e Restauro Ltda. O valor inicial era de aproximadamente R$ 400 mil, no entanto, teve um acréscimo de cerca de R$ 60 mil. “O aditivo de valor refere-se a uma mudança na execução da obra. A empresa, acompanhada pela fiscalização da prefeitura, detectou uma dificuldade de fazer a fundação com estacas e precisou optar por

Luciano Lanes/PMPA

blocos de concreto. Também foram encontradas rachaduras nas paredes de contraventamento, sendo necessária a instalação de uma viga perimetral para garantir a estabilidade das paredes”, explica Gazen. O secretário da Smim esclarece ainda que o projeto da obra foi desenvolvido em 2015 e, por essa razão, é compreensível o surgimento de intercorrência neste momento.

 

O principal objetivo da prefeitura é que seja retomada o mais rápido possível a circulação de veículos e pedestres nas imediações, que ficou prejudicada devido ao risco de desabamento da fachada desde maio de 2018. A equipe de fiscalização da secretaria mantém o prazo de liberação das ruas interditadas, pelo menos parcialmente, até outubro. A estimativa de conclusão total da obra, com as mudanças necessárias no projeto adotadas por medida de segurança, teve um aditivo de prazo de 60 dias, passando a ser até dezembro. O serviço é realizado com o acompanhamento permanente de um profissional de segurança do trabalho.

 

Histórico - O município e os proprietários foram condenados, em ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Estadual, a fazer o restauro do imóvel, que é inventariado e tem risco de desabamento. No final do ano passado, um acordo judicial definiu que as obras de restauro do imóvel serão executadas pelos proprietários, com valores da família bloqueados pela Justiça. Até o momento, o recurso não foi liberado. A recuperação está orçada em R$ 1,3 milhão. Após a liberação do recurso, a prefeitura buscará o ressarcimento dos valores investidos na estabilização da fachada do imóvel.