Capital amplia monitoramento do Aedes até o fim do ano

16/10/2018 17:32

Porto Alegre vai expandir o sistema de monitoramento de mosquitos Aedes aegypti. A confirmação foi feita pelo titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Erno Harzheim, nesta terça-feira, 16. Até o final do ano, serão instaladas mais 216 armadilhas na cidade. A Capital passará a contar com 1.434 unidades em 59 bairros. “Com mais esta etapa, Porto Alegre contará com mais de um milhão de pessoas residentes nas áreas monitoradas com as armadilhas”, explicou Harzheim. Até o momento são 1.218 unidades, em 42 bairros. Em 2012, no início de implantação do sistema, eram 712 armadilhas.

O assunto foi debatido em reunião técnica de trabalho com representantes da SMS e da empresa Ecovec, responsável pelo sistema inteligente de monitoramento do Aedes (MI Aedes) contratado pela prefeitura e que completa seis anos em 2018. De acordo com os dados da Ecovec, desde 2012 foram coletadas 89.246 fêmeas de Aedes aegypti nas armadilhas instaladas em Porto Alegre. Nesse período, foram confirmadas 46 fêmeas infectadas com vírus e registrados 752 casos de dengue na cidade.

De acordo com a chefe da Equipe de Vigilância de Roedores e Vetores (EVRV) da SMS, Rosa Maria Carvalho, a nova fase de expansão incluiu no mapa das armadilhas 17 bairros, das zonas Sul, central e Norte da cidade: Tristeza, Vila Assunção, Camaquã, Cavalhada, Vila Conceição, Higienópolis, Bela Vista, Boa Vista, Mont'Serrat, Auxiliadora, Jardim Floresta, Jardim São Pedro, Jardim Lindoia, São João, São Geraldo, Santa Maria Goretti e Cristo Redentor. “O monitoramento por armadilhas é a nossa mais importante ferramenta no controle das arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti em Porto Alegre”, resume a chefe da EVRV/SMS.

Na agenda do dia, o trabalho dos agentes de combate a endemias que vistoriam as armadilhas foi reconhecido pelo Programa de Excelência em Prevenção e Controle de Aedes aegypti 2018, oferecido pela empresa mineira aos municípios que se destacaram na prevenção ao mosquito vetor. “Porto Alegre alcançou 100% da qualidade em 2018 e a média dos seis anos alcançou 98,3%, o que garante a premiação dos agentes, da equipe da Vigilância em Saúde e do município”, explicou a diretora de Operações da Ecovec Ana Márcia Macedo Cabral.

Além da premiação, foram concedidos certificados de parceiros a três moradores que oferecem seus imóveis para a instalação das armadilhas. Rosa Maria Guimarães Cunha, moradora do bairro IAPI, declarou-se orgulhosa com a iniciativa. “Sinto-me prestigiada neste momento, e além disso vejo que tenho papel na prevenção das doenças no meu bairro e na cidade, estou muito orgulhosa e feliz”, declarou.

Em 2018 a Capital teve registrado um caso importado de dengue, e não houve confirmação de casos de chikungunya ou infecção por zika vírus.

A perspectiva para a estação mais quente do ano é de aumento na infestação vetorial. Isso, porque o verão de 2018/2019 será marcado pelo fenômeno do El Niño, com maior volume de chuva e calor. Essas características são propícias para o desenvolvimento do Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya.

Participaram da reunião técnica o diretor da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde, Anderson Araújo Lima, e técnicos do órgão; a vice-presidente do Instituto Municipal e Estratégia de Saúde da Família, Lívia de Almeida Faller; e os representantes da Ecovec: Ana Márcia Macedo Cabral, Amanda Cupertino e Pedro Sales.

MI Aedes - Desde 2012 a Prefeitura de Porto Alegre conta com o MI Aedes (até 2016 denominado MI Dengue). As informações do sistema garantem mais agilidade e eficácia à prevenção e combate das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti em Porto Alegre. A tecnologia para monitoramento da proliferação do mosquito vetor  reúne informações coletadas em armadilhas (Mosquitrap) para captura de mosquitos adultos instaladas em bairros da cidade. O resultado das vistorias é apresentado em tempo real no site www.ondeestaoaedes.com.br, mantido pela prefeitura. O MI Aedes é o único sistema de monitoramento por armadilhas do país reconhecido pelo Ministério da Saúde. 

 

Gilmar Martins

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