Robson da Silveira/SMS PMPA

Serviços da saúde, educação e assistência social que utilizam a metodologia Acesso Mais Seguro (AMS) passam a contar, a partir desta semana, com uma plataforma digital para notificação de eventos de risco no território onde estão instaladas. Nessa quinta-feira, 7, representantes das gerências distritais de saúde e do Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul participaram de capacitação para uso da ferramenta.
 
O Acesso Mais Seguro é uma parceria entre a prefeitura e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), que visa desenvolver metodologias e protocolos de atuação a fim de reduzir a exposição dos profissionais e dos equipamentos à violência armada. O objetivo é oferecer um modelo de trabalho que coopere com o serviço já existente no Estado nas diferentes áreas em que atua. A metodologia considera que, com profissionais mais preparados, é possível criar as condições para garantir e ampliar a oferta de serviços à população.

A plataforma foi desenvolvida pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha a partir de demanda dos municípios que utilizam o AMS. “O objetivo da plataforma e aplicativo mobile é tornar mais dinâmico e ágil o processo de classificação e gerenciamento de riscos associados à exposição dos profissionais e usuários às consequências da violência armada junto aos serviços públicos essenciais. Outro destaque é a qualificação da capacidade de resposta dos gestores mediante acesso aos indicadores disponibilizados pelo sistema", explica Lívia Schunk, assessora do Acesso Mais Seguro no CICV. 

“Isso vai possibilitar e facilitar a construção de indicadores e a definição de políticas públicas para esses territórios. Pretende-se com o uso da ferramenta reduzir as subnotificações e qualificar a classificação das notificações de risco nos serviços de saúde”, explica a assistente social Liliane Santos, coordenadora do AMS na Secretaria Municipal de Saúde.

A plataforma já pode ser utilizada, sendo implantada de forma gradativa nos serviços que já usam a metodologia AMS (gerências distritais, unidades de saúde, serviços especializados, prontos-atendimentos). Participam da iniciativa as secretarias municipais de Saúde e Educação e a Fundação de Assistência Social e Cidadania. Desde 2016, a SMS utiliza a metodologia em serviços da rede.