Santa Ana desafoga outros hospitais e se torna referência

14/08/2019 12:53
Cristine Rochol/PMPA
SAÚDE
Instituição está completando um ano e já é chamada de "hospital dos hospitais"
Ao completar, neste mês de agosto, um ano da primeira entrega de leitos, o Hospital Santa Ana se consolida como “hospital dos hospitais†de Porto Alegre, prestando retaguarda clínica para quatro instituições de alta complexidade que atendem Sistema Único de Saúde (SUS) – Hospital de Clínicas, Santa Casa, Conceição e São Lucas –, e oferecendo leitos de longa permanência para pacientes em processo de desospitalização e leitos de saúde mental para adolescentes masculinos. Desde o início da operação, o Santa Ana contabiliza 1.663 internações em enfermaria, 162 em UTI e 793 em psiquiatria, totalizando 2.618 internações em um ano de funcionamento. Foram realizadas 532 transferências de hospitais de média e alta complexidade para o Santa Ana, dando fluxo mais ágil no atendimento à população.
Até o final de 2019, entra em funcionamento o ambulatório para reabilitação auditiva e intelectual e, a partir da implantação do sistema de regulação Gercon Exames, passarão a ser oferecidos serviços de imagem – ecografia, raio X e tomografia – para pacientes da instituição.
 
“Neste ano de atuação, a Secretaria Municipal de Saúde mantém monitoramento constante dos resultados do hospital Santa Ana. Identificamos avanços no número de internações de alta complexidade nos quatro hospitais da cidade que prestam atendimento pelo SUS e observamos que há espaço para melhora na integração do atendimento em redeâ€, explica Tatiana Breyer, da Coordenação de Assistência Hospitalar da SMS.
 
Avanços - Entre os principais avanços, estão os pacientes com longa permanência nos hospitais gerais de alta complexidade. Santa Casa, São Lucas, Hospital Nossa Senhora da Conceição e Hospital de Clínicas encaminham para o Santa Ana pacientes com alta demanda de cuidado e com diagnóstico definido. “Com esta transição do cuidado, possibilitamos a entrada de pacientes que têm necessidade de investigação e tratamento nos hospitais de maior complexidade e que ainda não têm diagnósticoâ€, ressalta. 

Além disso, o hospital oferece leitos dedicados aos cuidados de fim de vida, com manejo de equipe treinada em cuidados paliativos e conforto para situações de terminalidade. “A transição do cuidado está presente em todas as etapas de atendimento do hospital, que conta com uma equipe do programa Melhor em Casa, para auxiliar na desospitalização do pacienteâ€, complementa.
 
Tatiana explica que a construção do formato de atendimento e funcionamento do hospital Santa Ana levou em consideração o desempenho dos outros hospitais da cidade a partir do mapeamento das dificuldades relatadas por seus gestores. “A principal dificuldade apontada pelos hospitais da alta complexidade era o tempo de permanência prolongada de alguns pacientes, impedindo o acesso de outros que ocupavam leitos e lotavam as emergências até a liberação de leitosâ€, diz.
 
Com o diagnóstico, o formato do Santa Ana começou a ser desenhado em parceria da prefeitura/SMS com a Associação Educadora São Carlos (Aesc), mantenedora do Hospital Mãe de Deus. Hoje, o “hospital dos hospitais†conta com 205 leitos e tem por objetivo servir de retaguarda a hospitais com atendimento de alta complexidade, que oferecem 5 mil leitos SUS à cidade.
 
O acesso ao hospital é 100% SUS, com regulação feita pela Central de Leitos. Não há emergência no local, e os pacientes são encaminhados por ambulância.

  

 

Patrícia Coelho

Rui Felten