Saúde investiga 15 suspeitas de sarampo

30/08/2019 12:03
Cristine Rochol / PMPA
SAÚDE
Vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) é a única forma de prevenção da doença

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) investiga, no momento, 15 suspeitas de sarampo. Entre elas, estão pacientes com histórico de viagem à Itália e ao estado de São Paulo, onde há confirmação de casos da doença.

Conforme dados do Ministério da Saúde, até quarta-feira, 28, foram confirmados 2.565 casos de sarampo no Brasil, dos quais 2.457 (96%) no estado de São Paulo, onde foi confirmado o primeiro óbito do ano pela doença em paciente adulto, do sexo masculino, sem histórico de vacinação.

Diante da investigação das suspeitas na cidade e da situação epidemiológica do país, a Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis (EVDT/SMS) emitiu aos serviços e profissionais de saúde da Capital alerta epidemiológico no final dessa quinta-feira, 29. No documento, é enfatizada a importância de notificação imediata à EVDT de toda suspeita de sarampo, no momento do atendimento de saúde. “A notificação imediata permite agilizar a adoção de medidas de controle, que visam à interrupção da cadeia de transmissão do vírusâ€, explica a chefe da EVDT, enfermeira Sonia Regina Coradini.

Aos pacientes, a recomendação é, no atendimento, informar ao profissional de saúde viagens para locais com transmissão de vírus ou confirmação da doença. No Brasil, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Pará têm casos confirmados.

Sintomas e suspeita – casos suspeitos são de pessoas, independentemente da idade e da situação vacinal, que apresentem febre e exantema maculopapular (pintinhas vermelhas), acompanhados de um ou mais dos seguintes sintomas: tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite.

Vacina – A vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) é a única forma de prevenção da doença. Faz parte do calendário oficial de vacinação para crianças e adultos e está disponível para todas as pessoas – de um ano aos 49 anos – na rede pública. O esquema vacinal depende da faixa etária e a recomendação é de que as pessoas avaliem a sua situação vacinal em uma unidade de saúde, levando, se possível, caderneta de vacinação.

Bebês – Para aumentar a cobertura vacinal da tríplice viral no país e diminuir a circulação do vírus e o risco de transmissão da doença, o Ministério da Saúde recomendou, em agosto, ampliação da faixa etária de imunização: crianças de seis meses a menores de um ano devem ser imunizadas com a chamada dose zero, e o calendário vacinal de rotina deve ser mantido (uma dose aos 12 meses e outra aos 15 meses, com a tetra viral). O intervalo mínimo entre a dose zero e a primeira dose é de 30 dias. Em Porto Alegre, todas as unidades de saúde que mantêm salas de vacina oferecem a tríplice viral.

Para as famílias que necessitam levar os filhos em horário noturno, quatro unidades de saúde atendem em horário estendido: Tristeza, São Carlos, Modelo e Ramos, até as 22h. A Clínica da Família José Mauro Ceratti Lopes, na Restinga, atende até as 20h. Nas demais unidades, o atendimento é das 8h às 17h. Em todos os locais, o funcionamento é de segunda a sexta-feira.

De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira, 30, pelo Núcleo de Imunizações da SMS, a cobertura vacinal da tríplice viral - calculada a partir da dose 1, feita em crianças de um ano em Porto Alegre de janeiro a julho de 2019 é de 76,3%. No mesmo período de 2018, o índice foi de 85,2%. O índice recomendado pelo Ministério da Saúde para proteção e interrupção na transmissão viral é de 95%.

 

Patrícia Coelho

Taís Dimer Dihl